Inúmeros especialistas e órgãos de pesquisa em TI apontam que estamos em plena transformação digital da indústria da manufatura. Esse movimento se dá em escala global, e agora chega com cada vez mais força ao Brasil.
Você está por dentro dessa tendência?
Continue lendo para entender!
A transformação digital da indústria de manufatura
Para início de conversa, é interessante delimitar que, por transformação digital, devemos entender um fenômeno de adoção de tecnologias que estão transformando as experiências de consumidores, trabalhadores e empresários em todo o mundo.
Assim, a transformação digital da indústria da manufatura, mais especificamente, diz respeito ao uso de sistemas ciber-físicos na produção industrial. Trata-se do conjunto de softwares e aplicações que interagem entre entidades, coisas e humanos; entre empresas, pessoas e dispositivos.
Esse movimento também vem sendo chamado de “Indústria 4.0”, ou “A Quarta Revolução Industrial”.
É importante entender que não se trata apenas da utilização de soluções e serviços de Internet das Coisas (Internet of Things — IoT), Computação em Nuvem (Cloud Computing), Big Data etc. de maneira isolada.
A transformação digital se dá com a combinação dessas diversas tecnologias para entregar as atividades que os sistemas ciber-físicos vão demandar na indústria.
Isso já está acontecendo mesmo que não nos demos conta; e vai acontecer de forma cada vez mais enfática. A questão é que há ainda poucas empresas que já se deram conta disso.
Segundo um relatório da consultoria IDC, cerca de 75% das empresas da América Latina ainda estão nos estágios primários da transformação digital (ou resistem ao fenômeno ou já exploram de maneira tímida, inconsciente). As outras 25% se dividem entre aquelas que já podem ser consideradas transformadoras digitais (já obtiveram sinergia entre TI e negócio) e disruptoras digitais (inovam em um nível avançado no ambiente digital).
Em suma, a transformação digital da indústria de manufatura já é uma realidade e vem para trazer ganhos de escala, facilitar desenvolvimento (de produtos, serviços e recursos), reduzir custos e uma série de outras vantagens que veremos nos tópicos a seguir.
Os impactos e mudanças da transformação digital na indústria de manufatura
A dinâmica industrial demanda mais tecnologia. Os gestores desse segmento precisam de uma visão panorâmica de tudo o que acontece no dia a dia operacional.
Da produção ao controle fiscal e financeiro, passando por logística, faturamento, fornecedores, atendimento aos clientes, comercial etc., tudo isso exige um novo olhar sobre recursos e serviços tecnológicos.
Basicamente, é preciso contar com diversos módulos de um sistema de gestão empresarial — ou ter vários sistemas diferentes para gerenciar os mais variados processos, cruzar dados em tempo hábil e gerar informações para tomar as melhores decisões.
É aí que as indústrias precisam de um olhar mais estratégico para a transformação digital.
A implementação de estratégias mais inteligentes de otimização da cadeia de recursos e suprimentos pode melhorar a eficiência de custos de recursos como o consumo de energia e a segurança do trabalhador, por exemplo.
A excelência nos serviços, a partir de soluções e métodos baseados na transformação digital, também é fundamental. Com dispositivos conectados e a internet das coisas, por exemplo, as formas como os serviços de pós-venda são entregues podem elevar os resultados das indústrias digitalmente transformadas — e transformadoras.
De acordo com muitos especialistas no assunto, alguns impactos da transformação digital da indústria de manufatura já podem ser percebidos.
Ao contar com um arcabouço moderno de soluções, serviços e recursos, tais como robôs inteligentes, drones, sistemas de alta complexidade técnica (inclusive com inteligência artificial), tecnologias de sensores, entre outros, as empresas do setor da manufatura conseguem:
– Melhorias na integração de processos por meio da combinação de sistemas e aplicativos inteligentes (todo o processo fabril já pode estar on-line);
– Ganho de mais eficácia operacional na produção de produtos, logística, entre outros;
-Potencialização da inovação por meio de captação, ordenamento e análises rápidas e precisas de dados internos e externos (de mercado, de redes sociais) para prever padrões de comportamentos dos consumidores, por exemplo;
-Melhor aproveitamento de recursos (insumos, ferramentas, maquinário…);
-Redução significativa de custos ao combinar ganho de escala na produção e mitigação de desperdícios;
-Mais motivação dos colaboradores, que passam a ter seu dia a dia de trabalho mais inteligente e funcional;
-Ganho de satisfação dos clientes e, consequentemente, de reputação corporativa;
-Mais velocidade para responder às demandas de mercado e perceber a movimentação da concorrência etc.
O que esperar para o futuro da transformação digital da indústria de manufatura
De acordo com a IFS Digital Change Survey, uma pesquisa em escala global, apenas 34% dos dirigentes da indústria se sentem capazes de lidar com ela. No Brasil, que é responsável por cerca de 45% da movimentação tecnológica da América Latina, ainda há muito o que avançar.
De qualquer forma, a transformação digital da indústria de manufatura é sem volta. As organizações que melhor administrarem esse fenômeno (utilizarem a seu favor de maneira estratégica) serão as que vão sobreviver a um mercado cada vez mais exigente.
Por fim, é interessante observar uma lista de previsões da IDC para a indústria da manufatura focada nos próximos anos. No que diz respeito à transformação digital, alguns pontos merecem atenção:
– Até o final de 2018, apenas 30% dos fabricantes que investem na transformação digital serão capazes de maximizar o resultado; os demais se sentirão retidos por modelos e tecnologias de mercado desatualizados;
-60% dos grandes fabricantes terão receita de produtos e serviços baseados na informação, enquanto a inteligência embutida gerará os maiores níveis de rentabilidade;
-Uma proliferação de informações conectadas, instrumentação e redes de ecossistema de nuvem de decisão direcionarão fabricantes para redesenhar suas arquiteturas de segurança;
-Até o fim de 2020, 50% de todas as cadeias de fornecimento de fabricação terão a capacidade, seja em casa ou terceirizada, para permitir envios diretos para consumo e entrega domiciliar.
E você, como tem percebido e/ou utilizado a transformação digital da indústria de manufatura? Para ter acesso a mais conteúdos como este em primeira mão, nos acompanhe no Facebook!