O aumento da importância de coleta e gestão de dados em negócios colocou o(a) gerente de TI em papel de destaque para novas estratégias — ou as empresas adotam formas mais eficientes de armazenar informações e oferecer serviços ao seu público, ou ficam para trás. 

Por isso, a solução de servidores locais começa a ser vista como um empecilho para o crescimento dentro do mundo corporativo, que busca na infraestrutura em nuvem uma nova solução, mais ágil e dinâmica. Mas essa é uma tendência que veio para ficar? Continue a leitura e descubra!

A diferença entre servidor local e infraestrutura em nuvem

Primeiro, é interessante diferenciar o que significa trocar uma solução pela outra e são vários os pontos que expõe essas diferenças. Vamos nos focar em três deles: gestão, agilidade e investimento.

A infraestrutura local de uma empresa, também conhecida como “on-premise”, é composta pela estrutura predial (sala) e equipamentos: servidores, storages, cabeamento, switches, appliances, no break etc. Eles hospedam os sistemas utilizados pela empresa, desde banco de dados, ERP, CRM e outros. Nesse modelo, a gestão do data center compete a equipe de TI, cujas atribuições devem contemplar a realização de tarefas extremamente operacionais de infraestrutura. Essas atividades demandam muito tempo e aumentam a complexidade de gestão, devido ao fato de que uma alta disponibilidade dos ambientes é algo complexo de se administrar. Proporcionar uma infraestrutura com altos níveis de disponibilidade é uma missão extremante árdua e, que no geral, é tida pela organização e seus colaboradores como algo básico, que se trata do benefício esperado pelos usuários, que os ambientes estejam sempre disponíveis.

No caso da nuvem, os recursos necessários são contratados sob demanda e a gestão operacional do data center é realizada pelo provedor e sua equipe, cujo foco é infraestrutura de TI. Nesse modelo, a equipe de TI da empresa pode se voltar para tarefas relacionadas a atividade central do negócio, enquanto o provedor contratado zela pela disponibilidade dos ambientes de acordo com as diretrizes estipuladas pelos profissionais da contratante, a quem se reportam. Os ganhos de produtividade da equipe de TI são alavancados, o que confere uma visibilidade maior devido ao foco nas atividades de maior valor percebido.

A agilidade é um elemento fundamental de competitividade empresarial, portanto é necessário que as atividades e departamentos sejam ágeis em suas entregas, de forma a acompanhar o ambiente de negócios dentro do qual a empresa está inserida. Quando se trata de data center próprio, ou “on-premise”, a capacidade computacional está sujeita ao modelo tradicional de compra e instalação. Ou seja, para acompanhar uma sazonalidade ou pontualidade importante para o negócio, é necessária previsibilidade total das mudanças, algo raro ou mesmo impossível em se tratando de cenários econômicos. Do contrário, é necessário passar por todas as etapas do processo, como dimensionamento da capacidade necessária, seleção de equipamentos, cotação, negociação, instalação etc.

Ao lançar mão de um provedor de nuvem basta solicitar um aumento ou redução de capacidade e uns poucos minutos o ambiente estará disponível.

Quando se trata de investimento, os modelos nuvem e local também apresentam grandes diferenças. Quando se trata de infraestrutura local é necessário que tanto o departamento de TI quanto o financeiro estejam prontos para realizar investimentos e arcar com a manutenção e depreciação do parque tecnológico, tendo em vista que são equipamentos de propriedade da empresa. As despesas costumam ser altas, tanto no investimento quanto na manutenção. Na nuvem, a empresa contratante paga pelo que usa, e não precisa se preocupar com rodadas de investimentos para renovação de equipamentos, depreciação e manutenção. Como se trata de despesas operacionais, o modelo de nuvem não onera o caixa da empresa, pois não requer investimento, liberando verba para outras frentes, o que contribui para a qualidade dos gastos empresariais.

As vantagens da cloud computing para o negócio

Não é à toa que esse movimento está acontecendo. A infraestrutura em nuvem traz alguns pontos-chave que permitem que qualquer tipo de negócio use a tecnologia para se destacar, principalmente quando falamos em economia e eficiência de processos.

Quer conhecer alguns desses benefícios? Fique de olho:

Flexibilidade de investimentos

Esse é o principal motivo para dar vantagem à nuvem sobre servidores locais quando falamos em questão financeira. O investimento e manutenção de hardwares próprios exige alto investimento inicial e rodadas esporádicas, imobilizando o capital da empresa fora de sua atividade central.

Já com a nuvem, a empresa sempre paga exatamente pelo que precisa. O(a) gerente de TI tem mais previsibilidade e pode adaptar os recursos de acordo com a demanda do momento.

Desempenho

Garantir alto desempenho em nível de infraestrutura tecnológica é uma tarefa que demanda recursos financeiros, humanos e técnicos. Quando o gestor de TI opta por manter essa responsabilidade “dentro de casa” é necessário que exista a consciência de que o nível de complexidade da gestão é bem maior. Ou seja, para garantir um bom desempenho é necessário lançar mão, principalmente, de uma equipe altamente qualificada em infraestrutura, e como ela possui diversos componentes, os colaboradores devem possuir experiência em todos eles (exemplos: hardware, virtualização, redes, segurança da informação, banco de dados, sistemas operacionais, etc.).

Ao adotar um modelo que contemple um provedor de nuvem para dar vazão a determinadas cargas de trabalho ou aplicações, a operação diretamente relacionada ao desempenho do ambiente é uma tarefa do contratado, o que reduz a complexidade, mas não faz com que ela deixe de existir. Ao adotar uma infraestrutura que contemple a nuvem, seja ela totalmente em nuvem ou híbrida, onde parte dela ainda se mantem on-premise, é necessário compreender que tipo de contrato é melhor se adequa a demanda da empresa. Ou seja, é mais oportuno contratar um provedor com serviços gerenciados, onde o gestor de TI ou seus liderados responsáveis pelo contrato fazem interface com o contratado para entender e cobrar SLA (acordo de nível de serviço), particularidades da infraestrutura do provedor e matriz de responsabilidades.

Existem também provedores com uma entrega da infraestrutura “self-service”, ou seja, nesse formato a equipe de TI do contratante deve contemplar colaboradores certificados e treinados para utilizar a plataforma do contratado, pois o escopo de trabalho é diferente de um provedor que disponha de serviços gerenciados, onde qualquer solicitação pode ser rapidamente realizada por uma equipe interna da empresa contratada.

Em ambos os formatos de provedores de nuvem, a compra, manutenção e renovação de equipamentos e estrutura predial adequada, é de responsabilidade do contratado.

Segurança

Enquanto muita gente leiga ainda imagina a nuvem como menos segura do que um servidor local, profissionais de TI já perceberam a diferença que faz contar com uma infraestrutura atualizada e bem estruturada e, principalmente, uma equipe especializada. Uma estrutura dispendiosa e de grande complexidade operacional.

Apesar do acesso de servidores locais ser mais limitado, um time de TI dificilmente tem tempo e braços suficientes para garantir a segurança e ainda ter que lidar com chamados e processos operacionais de rotina. Ao contar com um provedor de nuvem, essa responsabilidade é compartilhada, sendo os ambientes dos provedores muito mais seguros do que ambientes locais pelo simples fato de que eles possuem.

Flexibilidade

Outro ponto bastante vantajoso ao utilizar nuvem frente ao on-premise é a flexibilidade. Devido ao dinamismo do ambiente de negócios, ciclos econômicos e sazonalidades, ajustes na infraestrutura são necessários para acompanhar o crescimento da empresa ou mesmo a desaceleração pós períodos sazonais, alinhando capacidade instalada, custos e agilidade operacional. Para exemplificar melhor, podemos citar momentos onde são observados fatores positivos, como a entrada de um grande cliente, a produção de volumes maiores, boas safras. O inverso também é verdadeiro e momentos ruins também são registrados, infelizmente.

Tanto para o caso positivo quanto o caso negativo, em se tratando de nuvem, para aumentar ou diminuir os recursos necessários para suportar a demanda da empresa assim como seus custos, basta uma solicitação de ajuste do ambiente contratado. Ao contrário da infraestrutura local ou on-premise, onde a margem de manobra deve respeitar o tempo de compra de um processo tradicional e não há espaço para redução, devido ao fato de que os equipamentos já foram comprados e sua capacidade computacional é inelástica.

A nuvem como muito mais do que uma tendência

Existem muitas outras vantagens que colocam a infraestrutura em nuvem à frente dos servidores locais, mas já deu para perceber bem por que ela virou caminho sem volta, não é mesmo? Afinal, quem nunca se deparou com o universo das startups e seus casos de sucesso, um segmento onde existe a predominância de uso de nuvem e “estratégias cloud-first”.

E, mais do que isso, ela representa uma tendência que veio para ficar. Se você pretende manter sua empresa competitiva no mercado, é hora de sua equipe também se preparar para essa mudança e buscar a melhor infraestrutura em nuvem!

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