Com a constante difusão da nuvem (cloud), os usuários têm ficado cada vez mais conscientes do valor que esta tecnologia agrega ao seu trabalho cotidiano.

Esse tipo de serviço introduziu o conceito de deslocalização de recursos, isto é, utilizar, dispor ou controlar um dispositivo ou, de forma geral, qualquer tipo de artifício (hardware ou software) que não esteja fisicamente localizado no seu computador (por isso, a analogia à nuvem). Esse conceito também pode ser aplicado aos serviços de armazenamento, dando origem ao armazenamento em nuvem.

Há três tipos de armazenamento em nuvem e, neste artigo, vamos falar sobre cada um deles, bem como quais impactos provocam no desempenho e nos resultados de um negócio. Confira!

Os tipos de armazenamento em nuvem

O armazenamento em nuvem é um dos usos mais básicos dessa tecnologia. No entanto, como diversos negócios, indústrias, hospitais e até mesmo o governo podem atestar (entre tantos outros que já foram vítimas de crimes virtuais), a segurança de dados é um dos aspectos mais importantes em que uma organização deve investir, e é também por esse motivo que a computação em nuvem é fundamental para as mais diversas instituições, sejam elas públicas ou privadas. Ambientes em nuvem apresentam altos níveis de segurança e, quando comparados a estrutura local, possuem ampla margem de superioridade nesse requisito.

Existem diferentes tipos de nuvem. Enquanto o armazenamento é servido como Infraestrutura como Serviço (IaaS), também há opções de Software como Serviço (SaaS) e Plataforma como Serviço (PaaS) disponíveis.

Os modelos de implantação de nuvem não são todos iguais. Existem, atualmente, três modelos que podem ser identificados como:

• nuvem pública: é aquela que usa recursos e serviços de players do mercado, contratados pelo cliente fora do ambiente de TI local dele;

• nuvem privada: é um ambiente criado dentro da estrutura local do cliente ou em um data center de sua escolha, baseada nas mesmas tecnologias que a nuvem pública (virtualização, cluster de servidores físicos, entre outros);

• nuvem híbrida: é a junção entre um ambiente privado de TI do cliente e uma nuvem pública.

Os modelos de nuvem híbrida e privada são mais onerosas, pois necessitam de investimentos e a manutenção financeira posterior, que se traduz em despesas operacionais. Ainda sobre esses modelos, híbrida e privada, as despesas também são maiores pois compreendem energia, manutenção dos equipamentos, depreciação e outras inerentes a uma estrutura própria. Já no modelo de nuvem pública, os fornecedores que a ofertam possuem sua estrutura de custos orientada para os investimentos e despesas necessários a entrega do ambiente. Por isso, o modelo de nuvem pública é muito mais econômico sob a perspectiva financeira, onde as empresas contratantes pagam somente pelo que consomem, evitando ociosidade, depreciação e outras dores de cabeça com infraestrutura.

1. Nuvem pública

O armazenamento em nuvem pública se baseia no modelo padrão de cloud computing: um prestador de serviços põe à disposição do público da internet os recursos para armazenamento de dados, e serviços para a gestão do ambiente.

Os serviços de nuvem pública podem ser oferecidos segundo o modelo “pague pelo que usar”, o qual garante flexibilidade e alto desempenho por um preço extremamente competitivo. Assim, as empresas têm a oportunidade de dispor de um data center de nível superior, virtualmente proprietário, sem precisar comprar e manter toda a estrutura, equipamentos, softwares e serviços que compõem essa solução.

2. Nuvem privada

A nuvem privada é um ambiente de computação dentro da própria empresa ou dentro de um espaço exclusivo locado em um data center, criado com a virtualização de recursos, serviços e padronização da gestão.

Nesse modelo, as empresas constroem um ambiente de cloud computing que permanece completamente privado, dentro de um data center ou nas instalações próprias da empresa.

3. Nuvem híbrida

Além dos modelos de nuvem pública e privada, existe uma terceira opção, definida como “híbrida”, ou seja, um meio termo entre as duas anteriores.

A infraestrutura é mantida conjuntamente pelos fornecedores internos e externos, e se implementam sistemas que permitem aos usuários compartilhar recursos e dados entre o data center privado do cliente e aquele da nuvem pública.

Colocation

Inerente aos tipos de nuvens, é importante compreender também o conceito de Colocation, que se trata da prática de alojar servidores, storages privados e demais equipamentos de rede em um data center terceirizado. Isso pode ser feito por uma empresa em sua nuvem privada ou por provedores de nuvem.

Em vez de manter servidores, storages e demais equipamentos em suas instalações físicas, as empresas podem optar por colocar todos eles em um data center profissional terceirizado, alugando um espaço.

Data center profissionais usam recursos físicos e serviços, que compõem os espaços e capacidades de processamento para serem comercializados após realizar a devida migração do cliente e seus bancos de dados.

As aplicações e vantagens de cada tipo de nuvem

Agora que identificamos e conceituamos os tipos de nuvem, vamos verificar quais as vantagens e as principais aplicações deles.

1. Nuvem privada

A nuvem privada é útil para as indústrias que têm poucas filiais e não querem depender tanto das comunicações de dados pela internet, quando realizada na própria instalação física da empresa (grande maioria dos casos). Também é utilizada quando o contratante quer manter seu investimento em ativos (equipamentos) mas procura um ambiente mais seguro fisicamente do que as suas instalações próprias, alocando seus equipamentos dentro de espaços privados em data centers profissionais. No geral, esse tipo de nuvem é indicada para as empresas dispostas a investir em equipamentos de TI e centralizar a infraestrutura na própria matriz ou em data centers profissionais.

A nuvem privada obriga o cliente a contratar uma equipe (interna ou terceirizada) de especialistas em infraestrutura de TI, com competências variadas (virtualização, banco de dados, sistemas operacionais, manutenção e configuração de equipamentos e redes) e não permite o compartilhamento dos custos dessa equipe e dos equipamentos entre vários clientes. Ela, geralmente, é limitada a empresas muito grandes que têm uma estratégia centralizadora para sua TI. Também pode ser recomendada em caso de grande escassez de internet de qualidade. É importante ressaltar que nuvens privadas possuem custos bastante elevados.

2. Nuvem pública

Ao contrário da privada, a nuvem pública serve para as empresas que querem evitar uma arquitetura de TI centralizada. Hoje, em muitos casos, a arquitetura ainda é híbrida, em um processo progressivo de migração dos aplicativos do ambiente local para a nuvem pública.

A nuvem pública oferece um altíssimo nível de segurança (física e lógica) e de disponibilidade para o ambiente de TI sem ter de investir em equipamentos e licenças, transferindo as despesas de TI do CAPEX (Capital Expenditure, ou despesas de capital, são os custos de aquisição de equipamentos e instalações) para o OPEX (Operational Expenditure, ou despesas operacionais, por se tratar de uma infraestrutura contratada como serviço, o que permite ajustes constantes), proporcionando flexibilidade operacional e financeira.

A nuvem pública sempre é mais econômica do que as demais e ela pode oferecer um nível de segurança muito superior aos ambientes locais, pois conta com ampla estrutura para garantir a segurança física, e diversas camadas de segurança lógica por meio de software, appliances, backups e configurações. Provedores de nuvem pública devem operar em data centers com uma certificação internacional do tipo Tier, para ampliar a segurança física. Esse tipo de nuvem evita que as empresas tenham de imobilizar seu capital em ativos que não fazem parte de sua atividade central, ou ainda financiar os investimentos em novos equipamentos, em um período em que os financiamentos são caros e escassos

3. Nuvem híbrida

A arquitetura híbrida permite hospedar cada sistema em ambiente em função da disponibilidade e da segurança exigidas, assim como dos orçamentos para investimento e custos mensais definidos pela empresa.

Um ponto que chama atenção na escolha de uma nuvem do tipo híbrida é a dificuldade e o tempo para gerenciar ambientes distintos. Essa complexidade também não se restringe somente a operação, mas aos quesitos financeiros de alocação de custos e investimentos, que se tornam mais complexos de serem medidos e gerenciados.

Escolhendo o armazenamento em nuvem mais adequado

Diante dos conceitos expostos, qual é, afinal, a melhor opção para a sua empresa? Como dito, tudo vai depender dos objetivos e do orçamento.

É possível combinar as duas arquiteturas, pública e privada, com uma nuvem híbrida, distribuindo os sistemas no ambiente mais apropriado levando em consideração os custos e a disponibilidade exigida. Uma estratégia oportuna para quem quer levar, gradualmente, a infraestrutura como um todo para a nuvem pública.

A nuvem privada exige investimentos elevados devido à compra dos equipamentos e tem despesas contínuas como o consumo de energia, manutenção dos equipamentos, hora-homem em manutenção, depreciação e outros que são necessários para garantir o funcionamento da infraestrutura.

O melhor custo-benefício é, sem dúvida, o da nuvem pública, pois:

• amplia a segurança quando um bom provedor é contratado, com data centers que possuem certificação Tier, dotados de estrutura e serviços para garantir a segurança física, e no que diz respeito a segurança lógica, são diversas camadas de tecnologia para evitar infecções por malware, assim como backups automatizados para planos de contingência;

• flexibilidade que abrange desde a facilidade operacional para aumentar ou diminuir recursos com agilidade o que também se dá com as despesas, que acompanham a estrutura utilizada, proporcionando uma adequação de despesas e infraestrutura de TI a sazonalidades e ciclos da empresa;

• os recursos de processamento/memória/link são balanceados em tempo real para otimizar a performance, garantindo eficiência operacional;

• a economia proporcionada pelo fato de que a migração para a nuvem pública apresenta valores de investimento e de despesas operacionais significativamente menores quando comparados a infraestruturas próprias, além de proporcionar previsibilidade e controle dos gastos.

Para determinar o melhor modelo para sua empresa é importante realizar uma análise de sua estratégia de crescimento e da estrutura atual, levando em consideração o estágio de depreciação dos ativos de TI. Para saber ainda mais a respeito de armazenamento em nuvem, entre em contato conosco e solicite agora mesmo um estudo técnico e financeiro sem compromisso. Teremos prazer em atender você!