A transformação digital potencializou ainda mais os recursos de TI, transformando-os em ferramentas que geram valor para as empresas. Isso fez da cibersegurança uma questão fundamental, pois informações sensíveis precisam ser protegidas. Assim, a criptografia ganhou ainda mais relevância no ambiente empresarial.
O conceito está relacionado a técnicas para codificar dados, de forma que só o emissor e o destinatário possam acessá-los no formato original. Ainda assim, é natural que surjam dúvidas sobre o seu funcionamento e a importância do uso. Pensando nisso, criamos este post com tudo o que você precisa saber sobre criptografia de rede. Confira!
O funcionamento da criptografia de rede
Criptografar dados é como embaralhá-los de forma que fiquem totalmente incompreensíveis para qualquer pessoa — ou mesmo software. O arquivo é codificado no emissor e enviado ao receptor, que tem a ferramenta necessária para decodificação, permitindo o acesso ao conteúdo original. Trata-se da chave de criptografia.
Resumidamente, o objetivo da criptografia é impedir que, caso os dados sejam interceptados ou extraviados, terceiros não tenham acesso ao seu conteúdo. Apenas um software específico com a chave exata pode descriptografar o arquivo. Do contrário, a pessoa só terá acesso a um arquivo sem formato exato, com incontáveis letras e símbolos sem sentido claro.
A única forma de conseguir a chave de criptografia é tendo um dos computadores — do emissor ou do receptor. Assim, com uma política de segurança eficiente, a criptografia se torna quase invulnerável. Um hacker precisaria saber exatamente qual a origem e o destino do arquivo, acessar essa máquina de alguma forma e ter os meios certos para roubar a chave.
Não é à toa que os próprios hackers utilizam de criptografia para alguns de seus softwares maliciosos, como em ataques ransomware — eles criptografam os dados do computador infectado e só liberam a chave mediante o pagamento de um “resgate” por esse sequestro.
O que acontece com os dados nas mãos de cibercriminosos?
A relação com a conexão VPN
O objetivo da conexão VPN é garantir uma troca de informações segura, sendo ela constante ou intermitente, entre dois pontos. Para que isso seja possível, é fundamental a utilização de uma criptografia. Afinal, dados que trafegam pela internet estão muito mais expostos a riscos do que aqueles em um circuito fechado interno.
Portanto, não existe VPN sem criptografia. A conexão é também conhecida como “túnel de VPN”: se você conseguir ver o túnel por fora (interceptando o tráfego da conexão), não será capaz de ver o que está por dentro (decifrar os dados).
A tecnologia para todo tipo de empresa
Empresas de todos os portes devem se preocupar com a segurança na rede, pois quase todas utilizam alguma forma de conexão com a internet. Mesmo uma microempresa, sem acesso à internet nas instalações, pode ser alvo de um ataque — afinal, o proprietário certamente utiliza um smartphone e pode ter nele dados bancários do negócio, contatos de clientes etc.
Em um cenário mais abrangente, é possível afirmar que as empresa lidam com logins e senhas para acessar sistemas remotos (sites de bancos, sistemas de faturamento da matriz, CRM na nuvem etc.), dados pessoais (identidade, saúde etc.), dados corporativos (contratos jurídicos, informações financeiras etc.), além de diversas outras informações sensíveis.
Dada a facilidade de interceptar e “escutar” uma conexão com a internet nos dias de hoje, é fundamental se proteger. Caso contrário, todos esses dados se tornam diretamente legíveis. E a conexão VPN não protege apenas a comunicação externa, mas também dentro da própria empresa.
A espionagem de dados pode vir de fora, mas também de dentro. Um funcionário com intenções escusas é um risco existente, da mesma forma que uma pessoa pode vazar dados sem ao menos saber que está fazendo isso — basta conectar em um computador da empresa um pendrive ou outro dispositivo infectado e pronto!
Além disso, se proteger não pode ser visto como um custo, mas um investimento. Hoje, uma solução extremamente eficiente pode ser implantada por um baixo custo. A plataforma de criptografia VipNet é um bom exemplo. Ela oferece conexões seguras dentro e fora da empresa, por um preço acessível, a qualquer tamanho de empresa.
Aspectos técnicos da VPN
Os programas de criptografia aplicados em redes de TI incluem algoritmos matemáticos que são responsáveis por embaralhar/desembaralhar os dados no início e no fim da conexão. Para isso, eles usam as chaves de criptografia. Cada chave é uma longa sequência de caracteres que, junto com o algoritmo, determinam o caractere no qual o texto será convertido.
A chave pode ser simétrica ou assimétrica. No primeiro caso, utiliza-se a mesma chave nas duas pontas, o que torna importante o controle rígido sobre sua distribuição e armazenamento, para que ela não seja vazada.
Já a assimétrica conta com uma chave privada, que apenas o emissor tem acesso, e chaves públicas que ele distribui para cada receptor na hora da conexão. Ela é utilizada por sites que lidam com informações confidenciais, como internet bankings e e-commerces.
Por sua vez, a criptografia se torna um pouco mais lenta, mas é um preço baixo a se pagar pela forte segurança oferecida. É possível, ainda, unir as tecnologias, utilizando a criptografia assimétrica para distribuir de forma segura as chaves simétricas que são usadas, aumentando a performance.
É importante ter em mente que quanto maior a chave de segurança, mais segura é a criptografia. Trataremos desse assunto com mais detalhes a seguir.
Fatores que influenciam na segurança da conexão VPN
A segurança da conexão VPN depende de alguns fatores, como o tamanho da chave de criptografia. Ela pode ter 128 bits, 256 bits etc. Quanto maior, mais possibilidades de código e mais difícil (praticamente impossível) se torna a quebra. Entretanto, nem todos os fatores são técnicos.
A facilidade de acesso aos equipamentos e softwares de uma das pontas é um bom exemplo. Pouco adianta criptografar uma informação se todos têm acesso ao computador que possui a chave. Outro fator ligado a esse é o da distribuição e armazenamento desses itens de segurança. A chave deve ser tão protegida quanto os dados que ela guarda!
Eventuais brechas dos algoritmos de criptografia (OpenVPN, IPSec, SSL, WPA2 etc.) são uma questão importante, ainda que técnica. Recentemente, uma brecha importante foi descoberta no protocolo WPA2 de criptografia das redes Wi-Fi.
Vale destacar, também, a atualização de softwares e de sistemas operacionais dos equipamentos conectados por rede VPN. As fabricantes desses programas não liberam novas versões apenas com melhorias funcionais, mas também para corrigir eventuais brechas, como a citada anteriormente.
A demora na atualização de uma versão do Windows, por exemplo, foi o que deixou expostas milhares de empresas em todo o mundo aos ataques do WannaCry, em 2017. Por isso, é fundamental estar atento e manter todos os sistemas atualizados.
Procure por uma solução de criptografia que seja:
– segura na distribuição das chaves;
– transparente para os usuários (em caso de perda de conexão, o restabelecimento da VPN não deve exigir intervenção manual);
– gerenciada de maneira centralizada (é importante poder gerenciar todas as chaves em um console central, sem intervenção nos equipamentos);
– adaptada para diferentes sistemas operacionais e equipamentos (tablets, smartphones, notebooks, servidores, sensores, robôs de fábrica etc.);
– implementável tanto na rede interna quanto externa.
Com esses fatores garantidos, é possível oferecer uma conexão segura e eficiente para transmitir as informações com as quais sua empresa lida. Faça já uma pesquisa de mercado e implante a criptografia de rede que ofereça a segurança que o ambiente digital de sua empresa necessita!
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