Ainda existe muito setor que resiste à transformação digital. O setor logístico, em parte, podia se enquadrar nessa categoria. E os motivos para isso variam, indo desde o medo do desconhecido à resistência natural contra mudanças

Mas o período mais crítico da pandemia da Covid-19 mostrou que a inovação havia deixado de ser um privilégio ou mesmo opção para milhares de empresas: tornara-se necessidade.

E em mais um episódio do CCM Cast fomos fundo na questão e chamamos Anirio Neto, que é consultor e empreendedor, estando há mais de 30 anos à frente de negócios em transporte, logística e tecnologia.

Confira o que foi abordado nesse produtivo bate-papo!

O que a pandemia trouxe de mudança no setor logístico:

Talvez, o peso inicial que muita empresa sentiu foi a possibilidade de atuar em home office para manter-se em atividade. 

Mas o setor logístico foi um dos principais afetados para algo que ascendeu vertiginosamente entre os anos de 2020 e 2021: o e-commerce.

O setor, como um todo, aumentou em 75% durante a pandemia. E mais estudos destacam que a tendência não foi passageira. E isso levou a uma forçada inovação do setor logístico para suprir a demanda atual e aprender como lidar com o novo mercado.

Afinal de contas, Neto destaca que mudou “dinâmica, o volume de trabalho e até o perfil do cliente nesse período”.

Principalmente, porque o setor logístico viu uma sombra crescer rapidamente sobre as empresas resistentes à inovação tecnológica: as startups. Com flexibilidade e um alinhamento íntimo com novas tecnologias, essas empresas começaram a ganhar vantagem competitiva.

E isso também ajudou a impulsionar o mercado a mudar, rápida e drasticamente, dos processos analógicos para os digitais

Os aprendizados que vieram no período:

Neto destaca o peso de uma revolução grande, como a transformação digital, tendo que ser acelerada em um período de dois anos e meio. Até por isso, ele acredita que esse processo ainda vai perdurar, porque as mudanças, transformações e dinâmicas do mercado permanecem em mutação.

Com isso, vale a pena seguir experimentando soluções que vieram bem a calhar, ao longo dos últimos dois anos, como:

A pandemia chacoalhou o mercado. E mesmo quem resistia à transformação digital teve que diluir esse rigor e começou a observar melhor essas novas soluções.

O que reserva o futuro da transformação digital no setor logístico:

Neto crê que ainda existe espaço (e necessidade) de mudança. Mas para isso também é necessário desatar mais nós que impedem o mercado de ser mais assertivo e otimizado dentro do dinamismo da transformação digital.

Como é o caso da integração — de dados, departamentos (internamente, nas empresas) e também do mercado como um todo.

É o caso do já citado compartilhamento de veículos e de espaços. Por que transitar com um veículo sem sua carga ideal se você pode compartilhar esse espaço e evitar prejuízos?

Esse é um caminho. Outro é a busca por parceiros que podem solucionar problemas — como cuidados tecnológicos em sistemas — para que você se ocupe exclusivamente com o core do seu negócio. O que também permite mais otimização na entrega de valor e na redução de custos.

Anirio Neto encerra a discussão levantando pontos interessantes que o empreendedor pode refletir:

  • qual é o repertório tecnológico da sua empresa;
  • o quanto ela está preparada para a transformação tecnológica;
  • quais metodologias de gestão você usa hoje — se são atuais e suprem suas demandas;
  • você consegue reter pessoas ou sua empresa não dispõe de recursos para isso.

Esse diagnóstico pode ser determinante para deixar uma empresa pronta para crescer.

E se você quer saber mais sobre essa conversa de impacto para o desenvolvimento sustentável do setor logístico,clique aqui e ouça o episódio na íntegra!