Quando Henry Ford introduziu a linha de montagem em 1913, trouxe para a indústria um dos modelos que mais influenciou a Segunda Revolução Industrial e transformou o modo de fabricação dos veículos automotivos.
Agora, um século depois, graças ao conceito de indústria 4.0, a indústria automotiva está novamente vivendo uma mudança considerável. Essa nova modificação tem sido um benefício para a manufatura de veículos, agilizando as operações e oferecendo diferentes oportunidades de negócios.
Usufruir de todas essas vantagens, porém, requer alguns esforços, e é sobre eles que falaremos neste post. Confira!
O poder conectivo da indústria 4.0
A indústria 4.0 é definida pela conectividade. Ela permite que os dispositivos se conectem uns aos outros e às interfaces humanas, fornecendo dados em tempo real a partir de inúmeros sensores.
Emparelhado com a análise avançada e o aprendizado de máquina, esse ecossistema de sensores, dispositivos e humanos é incrivelmente poderoso.
Podemos dizer que, hoje, grande parte dos fabricantes e fornecedores da indústria automotiva iniciou — com muitas expectativas — o caminho para a indústria 4.0, e essa rota está resultando em maior lucratividade.
Benefícios da nova revolução industrial
Líderes da cadeia de suprimentos em todos os setores reconhecem que a indústria 4.0 disponibiliza uma infinidade de benefícios, todos impactando no resultado financeiro de uma organização. Isso ainda confere vantagens únicas para a indústria automotiva. Veja!
Capacidade de automonitoramento
À medida que as instalações avançam rumo à produção em 24 horas, a confiabilidade do equipamento se torna ainda mais crítica.
As fábricas habilitadas para a indústria 4.0 podem contar com sistemas robustos de monitoramento para identificar possíveis problemas de manutenção antes que eles causem tempo de inatividade. Essa mesma tecnologia é capaz de ser usada em carros para diminuir as paradas inesperadas.
Virtualização
Na indústria 4.0, a virtualização compreende várias tendências tecnológicas, incluindo computação em nuvem, mobilidade e internet das coisas — IoT. A onipresença e a escalabilidade criadas pela computação em nuvem permitem que a indústria se liberte dos limites de sua infraestrutura e opere em qualquer local.
Na prática, um computador em Ribeirão Preto poderia tomar decisões a respeito de um plano de produção na China — e vice-versa.
Fatores que merecem atenção
A evolução em direção à indústria 4.0 também apresenta alguns desafios que os fabricantes de automóveis devem superar se quiserem permanecer competitivos. Confira!
Armazenamento em nuvem e segurança de dados
Como dissemos, a computação em nuvem figura como um dos motores da indústria 4.0. Por exemplo: um sistema de gestão do ciclo de vida de produtos baseado na nuvem elimina as ineficiências da cadeia de suprimentos causadas pela falta de comunicação.
Além disso, a revisão de protótipos e as informações atualizadas em toda a cadeia de fornecimento resultam em economias significativas, ajudando os fornecedores a prover cotações competitivas aos clientes finais.
Por outro lado, vale considerar alguns fatores. Modelos atuais do setor automotivo representam uma espécie de ciclo de informações fechadas, em que os dados nunca deixam os sistemas da empresa.
A indústria 4.0 exige a abertura desse ciclo, tornando a empresa vulnerável a ameaças de segurança virtual. Isso é especialmente perigoso para a indústria automotiva, já que os consumidores podem sofrer danos caso seus veículos conectados sejam hackeados, por exemplo.
Gerenciamento de dados
A era do Big Data chegou à indústria automotiva, que, por sua vez, produz grandes volumes de dados. Ao coletar e analisar informações de sensores, máquinas, bancos de dados e mídias sociais, as montadoras podem:
- aumentar a fidelidade dos clientes;
- melhorar a manutenção preditiva;
- otimizar a performance do revendedor;
- qualificar as cadeias de suprimento;
- aperfeiçoar a segurança do motorista.
Os benefícios potenciais do Big Data na indústria automotiva parecem quase infinitos. No entanto, para obter essas vantagens, é necessário tomar várias decisões importantes em termos de investimentos em arquitetura e tecnologia.
É importante consolidar e racionalizar as tecnologias na plataforma de Big Data utilizada em três camadas:
1. armazenamento e processamento escaláveis;
2. gerenciamento;
3. analítica e de visualização.
Assim, é possível ter uma base para projetos bem-sucedidos. De uma forma geral, a indústria 4.0 representa a competitividade atual, da qual não se pode mais fugir.
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