Implementar sistema na nuvem é uma prática cada vez mais frequente nas estratégias de TI das empresas. Afinal, a cloud computing traz vantagens bastante práticas que vão desde a redução de custos com infraestrutura até as melhorias na segurança da informação.
Muitos(as) gestores(as) de TI, no entanto, continuam acreditando que a implementação de serviços de nuvem é algo muito complicado, que pode prejudicar as operações do negócio, entre outras crenças limitantes. Sobre isso, queremos ajudar você a refletir ao longo deste artigo.
Continue lendo para entender como funciona a implementação de um sistema na nuvem e que passos precisam ser dados para realizar isso!
Por que as empresas devem implementar sistemas na nuvem?
Por mais que não seja nenhuma novidade, a cloud computing continua em alta em todo o mundo. Ainda há um grande número de organizações que estão passando pelo processo de migração da computação tradicional para a nuvem.
Tanto que, de acordo com a Gartner, a receita global da nuvem pública deve crescer 17% ao longo de 2020. A previsão da maior empresa de pesquisas em TI do mundo é que sejam movimentados 266,4 bilhões de dólares em todos os continentes.
Dentro disso, infraestrutura na nuvem (Infrastructure as a Service — IaaS) e plataformas como serviço (Platform as a Service — PaaS), juntas, devem movimentar US$86,6 bilhões.
Uma outra parte expressiva desse volume de negócios, algo em torno de US$116 bilhões, vem do desenvolvimento e/ou aquisição de softwares como serviço (Software as a Service — SaaS). Nesse serviço baseado em nuvem, em vez de baixar/instalar o software internamente para executar e atualizar, os usuários acessam um aplicativo por meio de um navegador da Internet.
Agora, por que os negócios têm migrado fortemente para sistemas na nuvem? Aqui estão as principais razões:
- menor custo inicial — geralmente, é baseado em assinatura e não tem taxas de licença iniciais, resultando em custos mais baixos; o provedor gerencia a infraestrutura de TI que está executando o software, o que reduz as taxas de manutenção de hardware e software;
- implementação rápida — aplicações normalmente já estão instaladas e configuradas na nuvem, o que minimiza atrasos comuns na implantação tradicional;
- atualizações fáceis — a carga de trabalho referente a atualizações de softwares é muito menor do que nas abordagens tradicionais, quando a empresa têm que fazer modificações em sua infraestrutura interna de TI e não dispõe dos recursos fornecidos virtualmente pelo provedor.
- acessibilidade — tudo o que a empresa contratante precisa para acessar um sistema na nuvem é uma boa conexão com a internet; assim, os(as) usuários(as) podem trabalhar em qualquer hora e local, desde que devidamente autorizados(as), usando desktop ou dispositivos móveis;
- escalabilidade — os provedores normalmente oferecem muitas opções de assinatura e flexibilidade para alterar os recursos conforme e quando necessário, por exemplo, quando a empresa cresce e mais usuários(as) precisam acessar o serviço.
Como funciona a implementação de sistemas na nuvem?
Basicamente, a implementação de sistemas na nuvem é realizada pelo provedor de nuvem em conjunto com o time de TI da empresa contratante e com o fornecedor do software.
O provedor de nuvem realiza provisionamento de ambiente, instalação e configuração do banco de dados, segurança dos acessos, ferramentas de comunicação, entre outras atividades. E as softwarehouses são responsáveis por acessar os ambientes criados pelo provedor de nuvem e instalar suas aplicações naquele ambiente.
Todos os times (equipe de TI, softwarehouse e provedor de nuvem) devem acompanhar a homologação e a entrada em produção para se certificar que a migração seja bem sucedida.
Confira, a seguir, alguns passos que precisam ser dados para isso acontecer.
Levantamento das necessidades da empresa
Avaliar quais são as reais necessidades da operação empresarial para, então, ver quais sistemas devem ser migrados para a nuvem — ou quais softwares como serviço devem ser adquiridos. Esse é o passo inicial, e geralmente, é dado junto a um provedor de cloud especializado em ambientes de produção.
Nesse formato, a equipe de TI deve buscar estar em consonância com as áreas operacionais do negócio, e o provedor especialista deve analisar tecnicamente os ativos de TI, os obstáculos que podem ser enfrentados e então traçar a estratégia de migração.
Como todos os projetos de TI, esse caso também deve ser iniciado no entendimento do negócio e de seus desafios, uma vez que a implementação de novas tecnologias precisa atender a demandas e proporcionar mais competitividade à organização.
Análise da infraestrutura
Em seguida, é preciso verificar como está o arcabouço tecnológico da empresa, a infraestrutura de TI disponível. A partir disso, e também do entendimento dos requisitos de negócio, o provedor vai desenhar o projeto de implementação do sistema na nuvem sob medida para as particularidades e necessidades da organização.
Definição de processos a serem migrados
É fundamental levar em consideração a finalidade da aplicação e suas características, para então definir o que pode ser migrado e o que pode ficar melhor em uma infraestrutura local.
Apesar da flexibilidade da nuvem, em alguns casos, nem todas as aplicações e sistemas devem ser migrados. Tomemos como exemplo um servidor de arquivos de uma produtora de vídeo: os arquivos gerados são muito grandes e necessitam de alteração constante; portanto, a quantidade de link para atender bem a essa finalidade pode ser muito onerosa para a empresa — que ainda assim terá que aguardar o download do arquivo para poder trabalhar nele.
Outro caso é o das operações que envolvem alto processamento na borda, como máquinas automatizadas em um parque fabril. Ambientes híbridos podem ser o cenário ideal para esses negócios.
Ainda no exemplo da automação de uma linha de produção, a infraestrutura local entrega o processamento necessário na borda, porém os dados podem ser enviados para um repositório em nuvem, em um Data Warehouse ou Data Lake para análises que podem render informações e insights valiosos para o negócio.
Logo, a TI e o provedor devem analisar cuidadosamente o negócio, sua operação e os sistemas e demais ativos de TI para então levantar quais processos serão transferidos, de modo a planejar como isso será realizado.
Boas práticas para elaborar o planejamento estratégico em TI
Atenção à segurança da informação
A segurança dos dados pode ser melhorada com a implementação de sistemas na nuvem. Isso por vários fatores, por exemplo a revisão do ambiente, arquitetura e acessos pelo time interno de TI junto a especialistas.
Pesquisa de provedores
Em seguida, vem a hora de buscar no mercado um bom provedor de serviços em nuvem especializado em missão crítica e gestão de dados, que tenha histórico e experiência. Há uma grande variedade de empresas que prestam serviços de nuvem, mas poucas tem esse tipo de especialidade, por isso é preciso levar em conta alguns critérios.
Por exemplo, é preciso conhecer a reputação do fornecedor e saber como ele trabalha suporte técnico, atendimento, treinamento etc.
Além de fazer pesquisas online, é indicado buscar indicações de empresas que já contam com os serviços dos provedores que estão sendo avaliados.
Qualificação da equipe
Por fim, por mais que grande parte do trabalho de implementação de sistemas em nuvem seja responsabilidade do provedor de infraestrutura (especializado em ambientes de produção) e também da softwarehouse proprietária da aplicação que será migrada (provisionamento do ambiente, no caso do provedor de nuvem, instalação e configuração do software nesse ambiente, no caso do provedor de software), o time de TI e os (as) usuários (as) da empresa precisam se adaptar às mudanças.
Como em qualquer mudança bem-sucedida, é importante elaborar uma estratégia de conscientização de uso, que pode envolver treinamentos, orientações individuais, palestras para os usuários TI e não TI.
No caso do time de TI, como o foco agora fica por conta do negócio, ou seja, utilizar tecnologia para gerar valor comercial para a empresa, cabe uma revisão das certificações e trilhas de conhecimento, mais orientadas para essa finalidade.
Por que contratar uma empresa especializada para implementar sistema na nuvem?
Para finalizar, consideramos importante pontuar que, ao implementar um sistema na nuvem, a empresa estará firmando uma parceria de longa data com um provedor especializado. Logo, a escolha desse parceiro deve ser consciente e estratégica.
Com a popularidade dos serviços de nuvem, está cada dia mais difícil separar o joio do trigo. Não é tarefa simples ver quais são as empresas realmente sérias e que garantem um serviço de qualidade.
Especialistas são unânimes em dizer que o mais indicado é trabalhar com provedores já reconhecidos pelo mercado, por mais que isso signifique fazer um investimento um pouco maior. Afinal, a empresa contratante está confiando sua infraestrutura de TI a um terceiro: ele deve ser confiável e entregar máxima qualidade.
Você já conhece a CCM Tecnologia? Nós somos líderes nacionais em serviços de implementação e gerenciamento de cloud computing. Atendemos clientes de diversos portes e em muitos segmentos do mercado.
Preparado para implementar um sistema na nuvem? Fale conosco e veja como podemos ajudar você!